quinta-feira, 21 de julho de 2011

DJ Vivi Seixas / Raul Seixas



BIOGRAFIA / "Filho de Peixe, Peixinho é..."

Com seis anos completos de intensa atuação profissional na musica eletrônica brasileira em 2010, o tempo só fez bem ao trabalho da DJ carioca Vivi Seixas. Apaixonada por esse universo desde 1998 quando, numa viagem à Austrália, descobriu que as BPM (batidas por minuto) também são uma forma de expressão e um estilo de vida, Vivi passou a se dedicar a uma profunda pesquisa sobre o gênero.

Ela foi incentivada a tocar por amigos em festas e eventos que freqüentava. Logo nos primeiros sets via-se – ou melhor, ouvia-se – que havia um talento no comando daquelas pistas e testemunhou-se o surgimento de uma promissora DJ, afinal Vivi Seixas absorveu as boas influências do pai Raul Seixas e criou uma ligação íntima com a música.

Em um período em que a musica eletrônica deixava, definitivamente, o status de som exclusivamente underground e se estabelecia no mainstream nacional, Vivian percebeu que seu coração batia mais forte pelo “House”, som elegante e versátil, capaz de agradar nas pistas mais diversas. Especializou-se em suas vertentes como o funky-house, tech-house e o deep-house,sempre com muito groove e influências que passam por nomes como Mark Farina, Brett Johnson, Hector Moralez, Phill Weeks e Joey Youngman, seus favoritos.

Seu gosto musical apurado aliado a mixagens redondas lhe rendeu a residência do clube 00 no ano de 2004, um dos mais prestigiados na cena eletrônica carioca, e muitos outros contratos por todo o Brasil. Em Agosto do mesmo ano tocou para um público de cinco mil pessoas no evento “O Baú do Raul”, uma homenagem ao seu pai na Fundição Progresso no Rio de Janeiro.

Como produtora no projeto Sonic Lizard, remixou músicas de Raul e incluiu uma delas no CD e DVD “O Baú do Raul”. Visando crescer ainda mais em sua carreira, freqüentou curso Pyramind, Media & Music Production School em São Francisco, uma das mais renomadas escolas dos EUA. Durante esse período Vivi Seixas tocou ao lado de estrelas internacionais Dj Sneak, Hector Moralez e Tony Hewit.

Ao longo de sua trajetória, Vivi diversas vezes encheu as pistas de alguns dos locais e eventos mais renomados do Brasil como D-Edge, Pacha, Privilege, 00, RMC , Tozen, De Puta Madre, Roxy, Disco Club, Manga Rosa e Chemical Music Festival. No exterior conquistou público e espaços com apresentações na Espanha (Ilha de Menorca), EUA (São Francisco) e Uruguai (Montevidéu).

Um currículo que hoje a credencia como uma das melhores DJs de house do país e justifica o 3°Lugar na categoria “Melhor DJ Feminino de House”, do DJ Sound Awards, prêmio conferido pela revista especializada DJ Sound. Título do qual seu pai certamente se orgulharia.

Atualmente Vivi integra o casting de DJs da prestigiosa agência Hypno.

[ Fonte: www.viviseixas.com.br ]




ENTREVISTA / Entrevista Exclusiva com Vivi Seixas

Vivian Costa Seixas é a terceira filha de Raul Seixas e a 'paulistana mais carioca que existe'. Nesta entrevista, relembra momentos da infância com o pai e fala sobre sua carreira como DJ.

Memorial Raul Seixas - Quais as melhores lembranças que têm de seu pai?
Vivi Seixas - Lembro dele ser um pai muito divertido e engraçado, criava personagens para me divertir! O Capitão Garfo era meu preferido, que gostava de esconder minhas bonecas no congelador.

MRS - Quando você era criança, você tinha consciência que seu pai era famoso no Brasil inteiro?
VS - Sim, sempre soube que meu pai era famoso.

MRS - Nós conhecemos o Raul Seixas como cantor, mas como era Raul Seixas como pai?
VS - Divertido, mas também rígido quando eu fazia má-criação com a minha mãe. Um dia levei um tapa na bunda e fiquei de castigo numa poltrona enorme que eu não consegui sair.

MRS - Quando Raul morreu, você tinha apenas 8 anos. Como recebeu a notícia da morte dele?
VS - Eu tinha 8 anos e brincava na casa da minha avó materna. Lembro que minha mãe ficou no telefone por muito tempo, depois ela falou que queria conversar comigo, me colocou no colo e disse: "Vivi, papai Raul morreu". Eu já sabia o que ela ia me falar...

MRS - Qual música do Raul você mais gosta? Qual ouve quando quer se lembrar de quando vocês viviam juntos?
VS - Tenho minhas fases.. Quando criança, Mosca na Sopa; Adolescente,  Por Quem Os Sinos Dobram. Também adoro Água Viva, Medo da Chuva... Ah, são tantas que adoro. Hoje em dia gosto muito de Geração da Luz, que foi feita por ele e por minha mãe Kika.

MRS - Quando você descobriu que também queria seguir carreira na música?
VS - Tive minha crise existencial como toda adolescente, não sabia o que queria ser quando crescer, e me cobrava muito. Nunca quis seguir a profissão de cantora por causa da cobrança de ser tão boa quanto meu pai! Tentei violão... e nada... Um dia fui para a Austrália e lá conheci a música eletrônica. De volta pro Brasil em 2004, um DJ amigo meu me ensinou a tocar depois de um sonho que tive o qual estava tocando em uma festa. Amo o que faço, adoro fazer as pessoas dançarem e serem felizes. Pois a música é como uma oração.

MRS - No início de sua carreira, o sobrenome Seixas ajudava ou atrapalhava?
VS - Ajuda por um lado, pois abre portas e as pessoas ficam curiosas em saber o que a filha do Raul faz. Por outro lado sempre esperam que eu seja genial igual ao meu pai, por isso faço questão de ser boa no que faço.

MRS - A obra de Raul influencia no seu trabalho como DJ?
VS - Herdei do meu pai o lado eclético, misturar músicas e ritmos e não ficar presa em uma coisa só. Uma Metamorfose Ambulante, sempre mudando e evoluindo.

MRS - Como é sua relação com os fãs de Raul Seixas?
VS - Adoro os fãs do meu pai! Os que tiveram a oportunidade de me conhecer sabem como sou sempre atenciosa com eles. Sei que deve ser muito emocionante conhecer, falar e abraçar a filha do Raul, pois pra eles sou um pedacinho dele. Em 2005 dei uma entrevista pra revista Trip e eles destorceram minhas palavras fazendo parecer que eu não gostava dos fãs do meu pai. Admito que eles não são mole, não. Até meu pai já foi vaiado por eles e chamado de impostor num show que ele fez.

MRS - Os fãs são muito resistentes as remixagens das músicas de Raul?
VS - São muito resistentes a tudo que não for Raul, aí fica difícil de fazer uma homenagem, não é? O que não entendo é que meu pai era uma pessoa tão aberta a novos ritmos e estilos, misturava rock com baião... Tenho certeza que se ele estivesse vivo iria me dar a maior força e até se interessar pela minha música. Metade dos fãs me apoiam e a outra metade não aceita. Uma pena... mas não podemos agradar a todos, não é?

MRS - Raul classificou sua própria música como raulseixismo. E você, Vivi, como classifica sua música?
VS - Como House Music, que se originou da Disco Music.

MRS - Você mantém contato com suas irmãs?
VS - Conheci a Scarlet quando tinha 8 anos, aqui no Rio de Janeiro/RJ, e daí nunca mais nos vimos.  Esse ano fui para os USA e escrevi para a minha irmã mais velha Simone e nos encontramos no Texas. Foi emocionante demais, nos apaixonamos de cara. Hoje mantemos contato frequentemente e sempre que posso vou visitá-la.

MRS - E o seu CD Geração da Luz, sai ou não sai?
VS - O CD está pronto, aguardando uma autorização da Scarlet. A Simone já liberou.

MRS - Enquanto padres e cantores bregas podem cantar Raul Seixas, você, filha dele, não pode. É pessoal?
VS - Sim... uma longa história...

MRS - Você também é "Maluca-Beleza"?
VS - Eu sou com certeza! Infelizmente o mundo está com muitos malucos, mas poucos belezas.

MRS - Pra encerrar, mande um recado para os fãs de Raul Seixas.
VS - Coragem, coragem, se o que você quer é aquilo que pensa e faz, coragem coragem, eu sei que você pode mais!

[ Fonte: www.memorialraulseixas.com, 10/05/2010 ]

[ Editado por Pedro Jorge ]


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